Em uma entrevista no jornal Folha de São Paulo no domingo, o escritor e documentarista britânico Tom Feiling, coloca em xeque quais são suas idéias quanto a legalização das drogas no mundo. Segundo o escritor de 42 anos, o consumo das drogas dever ser livre e legalizado pois só assim evitaremos a morte de milhares de jovens provocados pelo tráfico. Ele afirma que a cocaína é o pivô da violência mundial, mas diria que atualmente no Brasil, o craque seria o maior dos maus. Feiling faz um amplo e detalhado histórico da cocaína, tema principal do seu livro, e problematiza quando diz que ela ( a cocaína) está na moda entre os jovens. E no Brasil? Não seria o craque? Num valor mais barato e acessível?
Ainda mais taxativo, Feling anuncia que a única forma de acabar com a violência é tirar a produção e distribuição da droga dos criminosos, e passar para os governos ou para iniciativa privada, com supervisão de uma agência governamental . “hoje todo mundo sabe que fumar e beber faz mal. Está nas embalagens. Mas as drogas não. Criminalizamos e vivemos como se fosse possível o mundo sem drogas. Mas sempre haverá consumidores”, finaliza ele em tom de debate.
No Brasil, ao fazer um contraponto com os pensamentos do escritor britânico, os debates sobre essa problemática não é recente. Desde meados dos anos 70 assiste-se ao crescimento do crime organizado e violento, cujas vítimas preferenciais são crianças, adolescentes e jovens adultos do sexo masculino. O comercio ilegal de armas, drogas e produtos pirateados chegam a todo território brasileiro. Desde as regiões agrícolas às mais populosas. E o craque é a preocupação da sociedade brasileira. Para o coordenador do NEV-USP, Sérgio Adorno, a atual política de drogas, tradicionalmente influenciada pela política americana, tem fracassado no propósito de conter o tráfico e o consumo. A legalização das drogas no Brasil seria a solução para conter a violência? Quem exerceria o controle já que o país não é o produtor? Criaria uma agência nacional para essa finalidade? Bem, eu, sinceramente, não tenho resposta para esse tipo de questionamento até porquê requer amplos estudos e impactos quando tratamos do tema legalização mas de uma certeza eu sei, estamos perdendo muitos jovens para o tráfico. Como diria nos debates entrelaçados nos muros da minha casa, ta na moda ser mal, não trabalhar, ter dinheiro fácil, possuir pais omissos e não freqüentar a escola. É isso mesmo professor, pai, aluno, formador de opinião? Vamos ao debate colegas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário