A presença cada vez maior da informática na
educação mudou a maneira como se ensina e se aprende? No Estúdio CH desta
semana, a educadora Maria Helena Silveira Bonilla, da Universidade Federal da
Bahia, fala sobre a influência da computação na área educacional.
Em entrevista a Fred Furtado, Bonilla diz que é
muito difícil chegar a uma conclusão sobre se um elemento técnico – no caso, os
computadores – tem o poder de melhorar ou piorar a complexa situação da
educação no Brasil hoje.
O importante, na opinião da educadora, é saber em
que medida os computadores podem transformar o processo educativo e levar a uma
reflexão sobre o que estamos fazendo na área da educação no país atualmente. O
computador por si só não teria esse poder de mudança, ele faria parte de um
conjunto de medidas que são importantes para a educação.
Bonilla, que é membro do grupo de pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologia
da UFBA, explica que o movimento de integração dos computadores na educação
começou já na década de 1980. Mas, nos anos 1990, com o surgimento das redes
digitais, o foco saiu do hardware, da máquina em si, e passou para as
tecnologias digitais de forma ampla.
Hoje, não se fala mais na informatização da educação e sim na inserção dos
alunos e dos professores nas redes de conhecimento. Passa-se, segundo a
educadora, de um modelo individualista de aprendizado para um colaborativo.
Bonilla fala ainda sobre as vantagens da incorporação da tecnologia digital, o
advento dos tablets e a moda atual entre as instituições de educação de
oferecer esses dispositivos aos seus alunos.